Seminário 10 Anos do Linux na Urna Eletrônica

O evento, realizado nesta quarta-feira (29), também homenageou servidores e colaboradores que contribuíram com esse processo

O Seminário 10 anos do Linux na Urna Eletrônica foi encerrado com o painel “Conquistas do ‘Uenux’ – uma visão de usuário”, que contou com a participação dos secretários de Tecnologia da Informação dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) do Acre, Rosana Magalhães, e do Ceará, Carlos Sampaio. O evento aconteceu nesta quarta-feira (29), no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

Carlos Sampaio fez um breve histórico da implementação do Linux no sistema da urna eletrônica. Ele contou que, no caso do Ceará, esse processo aconteceu a partir das Eleições Gerais de 2002, após problemas com a votação eletrônica em decorrência da não uniformidade dos sistemas operacionais em urnas de gerações diferentes. Depois de vários estudos, o Linux foi o escolhido pelo TSE para ser utilizado no sistema eletrônico de votação a partir de 2008.

Segundo Sampaio, essa implantação resultou numa notável diminuição das seções eleitorais que precisaram fazer a votação em papel por conta de problemas técnicos das urnas eletrônicas. O secretário de TI destacou que, em 2006, 108 seções registraram ocorrências desse tipo no primeiro turno, enquanto que, no primeiro turno de 2008, foram apenas 18. “A consolidação do ‘Uenux’ – o Linux da urna eletrônica – trouxe uma grande estabilidade para o software de urna, trouxe uma eleição absolutamente tranquila para todo mundo”, observou.

Já a secretária de Tecnologia da Informação do TRE-AC, Rosana Magalhães, recordou o tempo em que não havia uniformidade dos sistemas operacionais utilizados nas urnas eletrônicas, e destacou que a logística da distribuição das urnas era mais complicada. Ela também contou que, naquela época, até mesmo o perfil dos juízes eleitorais das diversas zonas tinha de ser levado em conta na hora de distribuir as urnas pelo estado, referindo-se ao potencial de transtornos que urnas de gerações mais antigas causavam. “A questão não era só técnica. Nós tínhamos que nos preocupar com quem iria enfrentar o problema. Tínhamos que nos preocupar com qual urna iria, qual técnico daria suporte, quem deu treinamento de mesário naquele local, qual flash carregar em determinada urna”, recordou.

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