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O evento é uma realização do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais do Brasil (Coptrel) e termina hoje (02)

Magistrados, promotores eleitorais, representantes da Polícia Federal e da Abin, servidores das áreas de Tecnologia da Informação e de Comunicação dos TREs de todo o país discutem desde esta quinta-feira (01) o combate às fake news nas mídias sociais, com fins eleitorais. O evento, realizado no Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso (TER-MT) pelo Colégio de Presidentes de Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel), conta ainda com a presença de representantes do Facebook, Google e Twitter e será encerrado hoje (2).

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Geraldo Og Fernandes, falou, na cerimônia de abertura, sobre a importância de discutir assuntos que hoje são desafios para a Justiça Eleitoral. “Estamos num momento em que a opinião pública não se constrói apenas com os meios tradicionais de comunicação, mas pelas redes sociais. A utilização correta dessa ferramenta é algo assustador e desafiador e, para tanto, temos que unir nossas vontades e inteligências. Todos que estão aqui buscam construir a história do nosso país. O que para nós, hoje, é preocupação e desafio, amanhã, será história. Cada um de nós deve exercer o nosso papel e sermos dignos do nosso país.” Assita aqui a íntegra da abertura do evento.

Para o presidente do TRE-MT e do Coptrel, desembargador Márcio Vidal, o maior desafio da sociedade é fazer com que as mídias sociais sejam utilizadas de forma civilizada. “O economista e engenheiro alemão Klaus Schwab, em uma de suas publicações, se referiu ao progresso tecnológico como a quarta revolução industrial e disse que a mesma deve ser empoderadora e centrada no ser humano, em vez de divisionista e desumana. Esses avanços tecnológicos caminham em mão dupla: se de um lado, indubitavelmente, facilitam as comunicações, podem ser excelentes aliados em várias direções, favorecendo a própria ciência e o desenvolvimento das sociedades e da humanidade, de outro lado, lamentavelmente, em mãos perversas e inescrupulosas, têm sido utilizados de modo a causar grandes e irreversíveis danos.”

O mestre e doutor em Direito do Estado pela PUC Universidade Católica de São Paulo e pela Fundação Getúlio Vargas, Diogo Rais, que pesquisa, há seis anos, a relação entre fake news e eleições participou do Painel 1: Robôs, Fake News, Junk News e Big Data – Desafios da Justiça Eleitoral. Ele ressaltou a falsa sensação de distância e anonimato que os usuários têm nas redes sociais. “É importante à conscientização de que a Internet é um ambiente coletivo e todos nós somos responsáveis pela sua construção. Quando compartilhamos ou escrevemos algo somos nós que estamos fazendo e temos a mesma responsabilidade de quando falamos em qualquer outro lugar. Em matéria de ofensa, quem gera ofensa não é somente quem produz o conteúdo, mas também quem o propaga e difunde. Ela é concretizada a cada instante. A facilidade da comunicação a um clique maquia a ideia de que não temos a responsabilidade diante de tudo aquilo”, disse o especialista.

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