Ricardo Gutiérrez, Secretário-Geral da Federação Europeia de Jornalistas (EFJ), durante abertura do Seminário Internacional Fake News e Eleições

Para secretário-geral da Federação Europeia de Jornalistas, a ascensão das redes sociais como fonte de informação favorece a disseminação de conteúdo falso

O primeiro dia do Seminário Internacional Fake News e Eleições contou com a aula magna do secretário-geral da Federação Europeia de Jornalistas (EFJ), Ricardo Gutiérrez. O tema abordado foi “Combatendo a desinformação e preservando a liberdade de expressão”. Promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o apoio da União Europeia, o evento acontecerá até esta sexta-feira (17), no Auditório I do Tribunal, em Brasília.

Ricardo Gutiérrez começou a sua explanação apontando que o termo fake news é frequentemente usado para acusar a grande mídia e os jornalistas profissionais, em vez de indicar os reais responsáveis pela propagação de conteúdo falso, desatualizado ou calunioso que circula pela internet. Na opinião do palestrante, os responsáveis por essa proliferação – propagandistas estatais, disseminadores de conspirações e os chamados trolls – buscam justamente minar a confiança em torno dos veículos de informação como verdadeiros propagadores de informações.

“Ninguém acredita em nada mais”, afirmou Gutiérrez, ao mostrar resultados de pesquisas realizadas em diversos países que apontam que o público confia cada vez menos na mídia tradicional. “Isso nos preocupa demais”, completou.

Ele apresentou ainda alguns dados que mostram que mais de 80% das pessoas, tanto no Brasil quanto na União Europeia, manifestaram preocupação com os efeitos políticos da disseminação de desinformação em seus países. Isso, na sua interpretação, é uma característica que se tem observado nos mesmos lugares em que se tem registrado uma grande polarização do debate político.

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